Reconstrução Mamária (Imediata e Tardia)

Considerada parte do tratamento do câncer de mama, tem por intuito devolver o volume e o contorno da mama a mulher submetida à mastectomia. A reconstrução mamária é geralmente realizada em diversas etapas cirúrgicas, dependendo de cada caso. Os seios são um símbolo forte de feminilidade para as mulheres, por isso sua perda torna-se tão drástica. Há mais de um estilo de reconstrução, e a indicação ideal de cada caso depende de diversos fatores. 

 

Desde nossa formação no Instituto Nacional de Câncer (INCA), no período de 2003 a 2005, utilizamos e aperfeiçoamos diversas técnicas visando oferecer os melhores resultados as nossas pacientes. O primeiro tempo da reconstrução mamária é atualmente feito imediatamente após a cirurgia da mastectomia ou quadrantectomia em cirurgias conservadoras.

 

Em alguns casos, em pacientes, principalmente submetidas a cirurgias no passado, a cirurgia é realizada de maneira tardia, meses ou mesmo anos após a mastectomia. As técnicas empregadas vão variar principalmente conforme a indicação do mastologista, que determinará alguns pontos básicos que vão nortear nossa escolha da reconstrução, decisão essa baseada conforme a relação de tamanho do tumor e volume da mama.

 

Na cirurgia conservadora, quadrantectomia, parte da mama é preservada, mas geralmente também precisará de tratamento complementar com radioterapia. E este nem sempre é favorável ao nosso resultado estético, podendo causar uma contratura da prótese e “enrijecimento” da mama reconstruída além de dificuldades de cicatrização, por isso muitas vezes preferimos indicar uma cirurgia de mastectomia a fim de evitar este tipo de complicação.

 

Existem diversas técnicas de reconstrução mamária total que vão desde o emprego de tecidos do próprio organismo até o emprego exclusivo de implantes mamários. 

 

Reconstrução mamária com implante de silicone: mais utilizada quando só foi retirado o tumor, não tendo grandes retiradas de pele e partes do músculo, assim a cirurgia é mais simples, feita da mesma forma que o aumento de mamas. 


Com tecidos do próprio corpo: neste estilo de reconstrução é feita a retirada de pele de outra parte do corpo do paciente, sendo transferida para a região das mamas. Essa pele pode ser retirada dos seguintes locais:
– retalho miocutâneo do músculo reto-abdominal: tecido da pele, músculo e gordura retirado de parte inferior do abdômen; 

– retalho perfurado da artéria epigástrica (DIEP): tecido adiposo de parte da barriga;

– retalho do músculo do grande dorsal: parte dos músculos das costas com pele e gordura. 

 

Reconstrução com expansores cutâneos: A cirurgia ocorre em duas etapas, a primeira parte é inserido um expansor para expandir o tecido e a segunda na qual o expansor é retirado e o implante é colocado no lugar. 

 

Estes procedimentos são feitos somente após o fim do tratamento de quimioterapia ou radioterapia para um melhor resultado.

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